28 de out. de 2007

Última noite de viagem para Águas Profundas

Todo o grupo encontra-se a um dia de viagem até Águas Profundas. Os animais precisam dormir, e os elfos descansar. A viagem seguirá caminho amanhã de manhã. Esta deveria ser uma noite como qualquer outra que passou durante a viagem.
A guarda noturna do acampamento é decidida por ordem de disposição, feita em duplas.
Já é madrugada, todos estão descansando. Solos e Gorne conversam sobre futilidades para tentar espantar o tédio da guarda. A conversa vai se arrastando, com pouca naturalidade. A intranqüilidade dos dois fica óbvia para qualquer um que os acompanhe por alguns minutos. O fato de estarem a adentrar em uma selva de pedra, cheia de paredes artificiais e vegetais mortos ainda incomoda os dois filhos da natureza, mas esses são ossos do ofício, ainda mais quando o objetivo é ajudar um companheiro.
A falta de assunto acaba com a conversa, empurrando os dois para caminhos diferentes. Solos resolve andar nas redondezas, para esconder seu nervosismo. Gorne fica apagando e escondendo as últimas brasas da fogueira, que já está apagada há horas.
Gorne então começa a escutar algumas palavras em língua desconhecida. O som parece vir de muito longe, e parece ter traços familiares. A voz que pronuncia as palavras lhe é familiar.
Enquanto isso, Solos nota que os sons da floresta não estão normais. Na verdade não existe nenhum som além do som do vento. Todos os animais estão em silêncio. A natureza está claramente dizendo a Solos: "Alguma coisa está errada!" . Realmente, existe um leve som de passos. Bípede. Alguém carregando alguns metais, moedas talvez. Passos sorrateiros, indicados por barulho leve de tecido. São passos de algum ser humano.

Gorne consegue distinguir a voz longínqua. É a voz de Glorfindel. Ele está na jaula, mas fala tão baixo que o som parecia vir de longe. Ele está balbuciando algo em língua desconhecida. Com certeza está em transe, mas não o transe normal dos elfos. Gorne sabe que humanos podem falar enquanto dormem, mas não os elfos. Alguma coisa não está certa. Ele tenta imaginar alguma coisa, mas nada de útil lhe vem à cabeça. Seu instinto natural lhe diz para ficar em alerta, com a clava em punhos.

Solos sabe que o sorrateiro é um inimigo, até que se prove o contrário. Ele identifica a silhueta. É também um elfo. E o elfo não o notou, ou pelo menos não parece ter notado. Solos dá a volta no inimigo, aproveitando que a atenção do elfo está totalmente focada no acampamento que está à menos de 50 metros a frente. A dúvida sobre a presença de outros elfos intriga Solos. O que fazer? Matar, avisar seus amigos ou imobilizar o intruso? A dúvida some assim que ele vê a cor da pele do elfo. É um asqueroso Illityri. Não resta mais dúvidas: é mata-lo sem dar chances de rendição. Seu sangue honrará qualquer entidade. Elfo negro é sinônimo de traição, traição eterna. Sua cabeça servirá de troféu para qualquer um que preze os bons costumes.
Solos faz um movimento rápido e preciso, e ele vê sua espada deixar a bainha e cortar pescoço do elfo. Mas na hora do ataque ele nota que alguma coisa deu errada, pois a lâmina saiu prateada como a lua, e não vermelha como amora. Sua idéia se confirma quando ele vê o céu tomar o lugar do chão, e sua espada não está mais em sua mão.
No último momento antes da lâmina atingir o pescoço do intruso, ele se esquivou do golpe, e roda rapidamente pelo chão, atingindo seu agressor um chute no calcanhar. Solos cai de bruços no chão, e antes que consiga se mover acaba tendo sua cabeça presa pelas pernas do elfo negro, que o manda ficar totalmente imóvel ou terá sua espinha dorsal quebrada.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ei! Solos, cê ficou maluco? vira essa espada pra lá!!! Tá me atacando por que, caraio?
não tá enxergando direito, é? Cadê os outros?

Anônimo disse...

Mestre....quem é esse bosta ? Não vou responder nada até que reconheça o infeliz....

Anônimo disse...

não me surpreende não me reconhecer, lutando feito uma moça e ainda ficando caduco!!!
abaixa essa espada, sou eu o Glorfindell!